Lab Biologia do Exercício Físico
  • Processo seletivo doutorado – JUN-JUL-AGO 2023

    Publicado em 27/06/2023 às 11:47
    • O Prof. Aderbal Aguiar do Biologia do Exercício (Labioex) ofertou 1 vaga doutorado pelo edital 2/2023 do PPG Neurociências da UFSC. O candidato estudará a relação entre exercício físico, sistema endocanabinoide e fitocanabinoides no Labioex, localizado em Araranguá-SC, através de estudos pré-clínicos (animais laboratório) sob supervisão direta do Professor. Experiência em manipulação animal e farmacologia é bem-vinda, mas não exclusiva. A vaga não se aplica a estudos remotos ou em outras cidades.
    • Dr. Aderbal Aguiar é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq com experiência internacional (França e Portugal) e mais de 70 artigos publicados em periódicos internacionais de alto impacto com índice H=26. O Professor orienta mestrado e doutorado e supervisiona pós-doutorado pelo PPG Neurociências da UFSC, um programa de pós-graduação (PPG) tradicional, presencial, gratuito, com 30 anos idade, de excelência CAPES com nota 6 (máximo 7). Programas notas 6 e 7 fazem parte do Programa de Excelência Acadêmica (PROEX) da CAPES. Os alunos de mestrado e doutorado tem (1) aulas presenciais em Florianópolis e (2) desenvolvem os projetos de pesquisa no Lab. Biologia do Exercício (Labioex)  em Araranguá-SC.
    • Edital de doutorado 2/2023, 1 vaga, ingresso em agosto/2023, clique aqui
    • O PPG Neuro disponibilizará 5 bolsas de estudos CAPES/PROEX para dedicação exclusiva (R$ 3.100,00) aos melhores colocados

  • Cannabis Is Not Doping

    Publicado em 07/06/2023 às 11:01

    The World Anti-Doping Agency (WADA) classifies cannabis, all phytocannabinoids, and synthetics as doping, except for CBD. For agency, a method for doping substance must meet two criteria: performance enhancement (ergogenicity), health risk, or violation of the spirit of sports. Cannabis is neither ergogenic nor ergolytic (performance worsens), and the health risks for athletes are overestimated after 20 years of research. The significant problem remains in the complex (and difficult interpretation) definition of the spirit of sports, which transcends the objectives of sports excellence (performance and injury prevention) for moral policing. This perspective presents an evidence-based counterargument recommending the removal of cannabis and phytocannabinoids from the WADA Prohibited List.

    Link do artigo completo https://www.dropbox.com/s/sw2mhln68nmj1h7/CAN-2023-0012.R1_Proof_hi_organized.pdf?dl=0


  • Entrevista sobre Cannabis Medicinal

    Publicado em 18/04/2023 às 09:55

    https://www.youtube.com/live/XxIkiYCflgQ?feature=share


  • Defesa de tese

    Publicado em 08/04/2023 às 16:05

    Link da transmissão https://www.youtube.com/live/ndI94ZwNv6M?feature=share


  • Qualificação

    Publicado em 08/04/2023 às 16:04

    Link da transmissão https://www.youtube.com/live/asonCfj9moE?feature=share


  • Topical cannabidiol is well tolerated in individuals with a history of elite physical performance and chronic lower extremity pain

    Publicado em 07/04/2023 às 10:40

    Hall, N., James, B., Bhuiyan, M.A.N. et al. Topical cannabidiol is well tolerated in individuals with a history of elite physical performance and chronic lower extremity pain. J Cannabis Res 5, 11 (2023). https://doi.org/10.1186/s42238-023-00179-8

    https://jcannabisresearch.biomedcentral.com/articles/10.1186/s42238-023-00179-8#citeas


  • Cinemática e osteocinemática – 28/03/2023

    Publicado em 28/03/2023 às 10:22

    CINEMÁTICA

    Autor: Prof. Dr. Aderbal Aguiar, CV Lattes http://lattes.cnpq.br/8760300182929573

    A cinemática é um ramo da mecânica que estuda o movimento dos objetos sem se preocupar com as forças que os causam. A cinemática pode ser dividida em três categorias principais: linear, angular e temporal. Essas categorias descrevem diferentes aspectos do movimento e são usadas para analisar e compreender uma ampla variedade de fenômenos físicos.

    1. Cinemática linear (ou cinemática de translação): A cinemática linear se concentra no movimento de objetos ao longo de uma trajetória linear (reta ou curva) em um espaço tridimensional. Esta categoria de cinemática examina as propriedades do movimento, como posição, velocidade e aceleração. Algumas variáveis importantes na cinemática linear incluem:

    • Posição (x, y, z): A localização de um objeto no espaço em relação a um sistema de coordenadas.
    • Velocidade (v): A taxa de mudança da posição de um objeto com o tempo. A velocidade é um vetor e tem magnitude (rapidez) e direção.
    • Aceleração (a): A taxa de mudança da velocidade de um objeto com o tempo. A aceleração também é um vetor e tem magnitude e direção.

    2. Cinemática angular (ou cinemática de rotação): A cinemática angular se concentra no movimento rotacional de objetos ao redor de um eixo fixo. Essa categoria de cinemática analisa propriedades como ângulo, velocidade angular e aceleração angular. Algumas variáveis importantes na cinemática angular incluem:

    • Ângulo (θ): A medida da rotação de um objeto em torno de um eixo fixo, geralmente expressa em graus ou radianos.
    • Velocidade angular (ω): A taxa de mudança do ângulo de um objeto com o tempo. A velocidade angular tem magnitude e direção (sentido horário ou anti-horário).
    • Aceleração angular (α): A taxa de mudança da velocidade angular de um objeto com o tempo. A aceleração angular tem magnitude e direção (sentido horário ou anti-horário).

    3. Cinemática temporal: A cinemática temporal se concentra na análise do tempo envolvido no movimento de objetos. O tempo é uma variável fundamental na descrição e análise de qualquer fenômeno cinemático, tanto linear quanto angular. Na cinemática temporal, a ênfase está no estudo das relações entre as variáveis temporais e outras variáveis cinemáticas, como posição, velocidade, aceleração, ângulo, velocidade angular e aceleração angular.

    Em resumo, a cinemática linear lida com o movimento ao longo de uma trajetória linear, a cinemática angular lida com o movimento rotacional em torno de um eixo fixo e a cinemática temporal analisa a relação entre o tempo e outros aspectos do movimento. Esses conceitos são fundamentais para entender e analisar uma ampla variedade de fenômenos físicos em mecânica e áreas relacionadas.

     

    OSTEOCINEMÁTICA

    A osteocinemática é o estudo dos movimentos ósseos no sistema esquelético e das articulações que permitem esses movimentos. Essa área da biomecânica se concentra na descrição e análise dos movimentos articulares, levando em consideração os eixos e planos de movimento, bem como os graus de liberdade. A osteocinemática é essencial para a compreensão da funcionalidade do sistema musculoesquelético, permitindo aos profissionais de saúde avaliar e tratar uma variedade de condições e disfunções relacionadas à mobilidade e à postura.

    Eixos e Planos de Movimento:

    Para descrever os movimentos osteocinemáticos, é necessário entender os planos e eixos de movimento. Os planos são superfícies imaginárias que dividem o corpo em seções, enquanto os eixos são linhas imaginárias ao redor das quais ocorrem os movimentos. Os três planos e eixos de movimento são:

    1. Plano sagital: Divide o corpo em direita e esquerda. Os movimentos que ocorrem neste plano incluem flexão e extensão (por exemplo, dobrar e estender o joelho).

    • Eixo frontal: É perpendicular ao plano sagital e passa de um lado do corpo para o outro.

    2. Plano frontal: Divide o corpo em frente e atrás. Os movimentos que ocorrem neste plano incluem abdução e adução (por exemplo, levantar e baixar o braço lateralmente).

    • Eixo sagital: É perpendicular ao plano frontal e passa de frente para trás do corpo.

    3. Plano transversal: Divide o corpo em superior e inferior. Os movimentos que ocorrem neste plano incluem rotação interna e externa (por exemplo, girar a cabeça de um lado para o outro).

    • Eixo vertical: É perpendicular ao plano transversal e passa de cima para baixo do corpo.

     

    Graus de Liberdade:

    Os graus de liberdade de uma articulação referem-se ao número de movimentos independentes que podem ocorrer naquela articulação. Uma articulação pode ter até três graus de liberdade, correspondendo aos três planos de movimento e eixos. Algumas articulações permitem apenas um tipo de movimento (um grau de liberdade), enquanto outras permitem dois ou três tipos de movimento (dois ou três graus de liberdade).

     

    Cadeias cinemáticas

    Os exercícios de cadeia cinemática aberta (CCA) e cadeia cinemática fechada (CCF) são dois tipos distintos de exercícios utilizados na reabilitação, treinamento e condicionamento físico. Ambos têm aplicações e benefícios específicos, dependendo dos objetivos e das necessidades individuais. Aqui estão as principais diferenças entre os dois tipos de exercícios:

     

    1. Cadeia Cinemática Aberta (CCA):

    • Segmento distal livre: Nos exercícios de CCA, a parte distal (extremidade) do segmento corporal em movimento não está fixada ou apoiada em uma superfície. Por exemplo, ao realizar um exercício de extensão do joelho sentado, a perna está livre para se mover no ar.
    • Movimentos isolados: Os exercícios de CCA geralmente envolvem movimentos isolados de uma única articulação, focando em um grupo muscular específico.
    • Menor estabilidade: Como os movimentos são realizados com a extremidade distal livre, a estabilidade das articulações envolvidas é geralmente menor nos exercícios de CCA.
    • Exemplos: Extensão do joelho sentado, flexão de cotovelo com halteres, elevação lateral do ombro.

     

    2. Cadeia Cinemática Fechada (CCF):

    • Segmento distal fixo: Nos exercícios de CCF, a parte distal do segmento corporal em movimento está fixada ou em contato com uma superfície. Por exemplo, durante um agachamento, os pés estão em contato com o solo durante todo o movimento.
    • Movimentos multiarticulares: Os exercícios de CCF geralmente envolvem o movimento de várias articulações simultaneamente e requerem a coordenação de múltiplos grupos musculares.
    • Maior estabilidade: Devido ao contato fixo da extremidade distal com uma superfície, os exercícios de CCF proporcionam maior estabilidade às articulações envolvidas e podem ajudar no desenvolvimento do equilíbrio e da coordenação.
    • Exemplos: Agachamentos, flexões, lunges, barras fixas (pull-ups).

     

    Em resumo, os exercícios de cadeia cinemática aberta focam em movimentos isolados e têm menor estabilidade, enquanto os exercícios de cadeia cinemática fechada envolvem movimentos multiarticulares e proporcionam maior estabilidade. Ambos os tipos de exercícios podem ser utilizados em programas de treinamento e reabilitação, dependendo dos objetivos e necessidades específicas do indivíduo.

     

    Tipos de Articulações

    As articulações do corpo humano podem ser classificadas em diferentes tipos, com base na estrutura e na função. Os principais tipos de articulações incluem:

    • Articulações fibrosas: São caracterizadas por tecido conectivo fibroso e geralmente permitem pouco ou nenhum movimento (por exemplo, suturas do crânio).
    • Articulações cartilaginosas: São unidas por tecido cartilaginoso e permitem movimentos limitados (por exemplo, discos intervertebrais).
    • Articulações sinoviais: são um tipo de articulação no sistema esquelético que permite uma ampla gama de movimentos. Elas são caracterizadas por sua estrutura específica, que inclui uma cápsula articular, superfícies articulares cobertas por cartilagem, membrana sinovial e líquido sinovial. Essas características fornecem às articulações sinoviais a capacidade de movimentação livre e redução do atrito entre as superfícies articulares.

    Algumas das principais características das articulações sinoviais incluem:

    • Cápsula articular: Uma estrutura fibrosa que envolve e protege a articulação, proporcionando estabilidade e suporte.
    • Cartilagem articular: Reveste as superfícies ósseas nas articulações e proporciona uma superfície lisa e resistente ao desgaste, reduzindo o atrito durante o movimento.
    • Membrana sinovial: A sinóvia é uma fina camada de tecido que reveste as articulações sinoviais, também conhecidas como membrana sinovial. Essa membrana é responsável pela produção e secreção do líquido sinovial, uma substância viscosa e lubrificante que preenche a cavidade articular
    • Líquido sinovial: Um líquido viscoso e lubrificante que preenche a cavidade articular, proporcionando nutrição à cartilagem e reduzindo o atrito entre as superfícies articulares.

    A cartilagem é um tecido conjuntivo especializado, flexível e resistente, que desempenha um papel crucial no suporte e na formação de estruturas no corpo humano. Ela é composta por células chamadas condrócitos, que são responsáveis pela produção e manutenção da matriz extracelular rica em colágeno e proteoglicanos. Existem três tipos principais de cartilagem: hialina, elástica e fibrosa, cada uma com funções e características específicas.

    • Cartilagem hialina: é o tipo mais comum e abundante de cartilagem no corpo. Ela possui uma matriz extracelular translúcida, composta principalmente por colágeno tipo II e proteoglicanos. A cartilagem hialina é encontrada nas superfícies articulares dos ossos, no nariz, traqueia e laringe. Ela proporciona suporte e flexibilidade, além de reduzir o atrito entre as superfícies articulares durante os movimentos, como no joelho e no ombro.
    • Cartilagem elástica: possui uma matriz extracelular semelhante à cartilagem hialina, mas com maior quantidade de fibras elásticas, conferindo maior flexibilidade e elasticidade. É encontrada em locais que requerem maior capacidade de deformação e retorno à forma original, como na orelha externa e na epiglote. Um exemplo de movimento envolvendo a cartilagem elástica é a mudança na forma da orelha quando pressionada e sua subsequente volta à posição original.
    • Cartilagem fibrosa: também conhecida como fibrocartilagem, possui uma matriz extracelular mais densa, com maior quantidade de fibras colágenas tipo I, o que a torna mais resistente e menos flexível. A cartilagem fibrosa é encontrada em locais que exigem maior resistência a forças de compressão e tração, como nos discos intervertebrais da coluna vertebral e no menisco do joelho. Por exemplo, a cartilagem fibrosa permite que a coluna vertebral suporte o peso do corpo e absorva impactos durante atividades como caminhar e pular.

    O líquido sinovial tem várias funções importantes nas articulações sinoviais, incluindo:

    • Lubrificação: O líquido sinovial reduz o atrito entre as superfícies articulares cobertas por cartilagem, facilitando o movimento suave e protegendo a cartilagem do desgaste.
    • Nutrição: O líquido sinovial fornece nutrientes essenciais à cartilagem articular, que não possui suprimento sanguíneo direto. Ele também remove resíduos metabólicos, contribuindo para a saúde geral da articulação.
    • Amortecimento: O líquido sinovial ajuda a distribuir a pressão e a absorver choques nas articulações, protegendo os ossos e as estruturas circundantes de lesões durante atividades de impacto.

    A sinóvia e o líquido sinovial são componentes fundamentais das articulações sinoviais e desempenham um papel crucial na manutenção da mobilidade e da saúde das articulações no sistema musculoesquelético humano.

    As articulações sinoviais podem ser classificadas em vários tipos, com base na forma das superfícies articulares e nos movimentos permitidos. Os principais tipos de articulações sinoviais incluem:

    1. Articulações planas: Possuem superfícies planas que deslizam umas sobre as outras, permitindo movimentos deslizantes e de rotação. Exemplo: articulações entre os ossos do carpo (mão).
    2. Articulações em dobradiça: Permitem a flexão e a extensão em um único plano, como uma dobradiça. Exemplo: cotovelo.
    3. Articulações em pivô: Permitem a rotação ao redor de um eixo. Exemplo: articulação entre o rádio e a ulna no antebraço.
    4. Articulações condilares: Possuem superfícies ovais que permitem movimentos em dois planos (flexão/extensão e abdução/adução). Exemplo: articulação do punho.
    5. Articulações em sela: Possuem superfícies articulares em forma de sela que permitem movimentos em dois planos e rotação limitada. Exemplo: articulação carpometacárpica do polegar.
    6. Articulações esferoidais (ou articulações do tipo bola e soquete): Permitem movimentos em todos os três planos e oferecem a maior amplitude de movimento. Exemplo: ombro e quadril.

    As articulações sinoviais são cruciais para a mobilidade e a funcionalidade do sistema musculoesquelético humano. Elas são comuns em áreas do corpo que exigem maior amplitude de movimento e flexibilidade, como os membros superiores e inferiores.


  • Abordagens e escolas de postura na fisioterapia 20/03/2022

    Publicado em 20/03/2023 às 10:48

    Autor: Prof. Dr. Aderbal Aguiar, CV Lattes http://lattes.cnpq.br/8760300182929573

    Os fisioterapeutas utilizam várias abordagens e escolas de postura para avaliar, tratar e prevenir problemas relacionados ao sistema musculoesquelético. Algumas das principais escolas e abordagens incluem:

    • Método McKenzie: Esta abordagem é focada no auto-tratamento e na prevenção de problemas relacionados à coluna vertebral, como dores nas costas e no pescoço. O método incentiva a realização de exercícios específicos e a adoção de posturas adequadas para reduzir a dor e melhorar a função.
    • Método Feldenkrais: Este método visa melhorar a consciência corporal, a coordenação e a postura através de movimentos suaves e conscientes. A abordagem é baseada no princípio de que o movimento eficiente e o alinhamento postural podem ser aprendidos e aprimorados ao longo do tempo.
    • Método Alexander: Esta abordagem busca reeducar os padrões de movimento e postura habituais para promover o uso eficiente e equilibrado do corpo. Os fisioterapeutas que utilizam este método ajudam os pacientes a identificar e corrigir tensões desnecessárias e maus hábitos posturais.
    • Reeducação Postural Global (RPG): A RPG é um método terapêutico que visa corrigir desequilíbrios musculares e posturais, baseando-se na individualidade do paciente. A abordagem trabalha com alongamento e fortalecimento dos músculos e a correção de posturas inadequadas.
    • Método Pilates: O Pilates é um sistema de exercícios que promove o fortalecimento, a flexibilidade e o equilíbrio muscular, enfatizando a postura correta e a coordenação dos movimentos. Os fisioterapeutas podem usar o Pilates como parte de um programa de reabilitação para melhorar a postura e a função.

    Cada paciente é único e pode se beneficiar de diferentes abordagens. Os fisioterapeutas selecionam e adaptam as técnicas e métodos mais apropriados para atender às necessidades específicas de cada indivíduo.


  • Cinesiologia da coluna vertebral – parte anterior 20/03/2023

    Publicado em 20/03/2023 às 10:25

    CINESIOLOGIA DA COLUNA ANTERIOR – PARTE ANTERIOR

    Autor: Prof. Dr. Aderbal Aguiar, CV Lattes http://lattes.cnpq.br/8760300182929573

    1. Curvaturas da coluna vertebral
      • Introdução

    A coluna vertebral é uma estrutura complexa e fundamental para a estabilidade, mobilidade e proteção do sistema nervoso central. As curvaturas da coluna vertebral, que incluem a lordose cervical, a cifose torácica e a lordose lombar, são características anatômicas importantes que permitem a distribuição adequada das cargas e o equilíbrio biomecânico do tronco. A cinesiologia, um campo de estudo que aborda os princípios mecânicos do movimento humano, oferece uma visão valiosa sobre o funcionamento e a interação das curvaturas da coluna vertebral.

    • Cinesiologia das curvaturas da coluna vertebral

    As curvaturas da coluna vertebral desempenham um papel crucial na absorção de impactos e distribuição de cargas durante atividades diárias e movimentos específicos. A lordose cervical e lombar, bem como a cifose torácica, apresentam uma orientação côncava e convexa, respectivamente, que auxilia na dissipação das forças geradas pelo peso do corpo, movimentos e posturas.

    A interação entre as curvaturas também é fundamental para a estabilidade do tronco, proporcionando uma base sólida para a movimentação de membros superiores e inferiores. Além disso, essas curvaturas contribuem para a manutenção do equilíbrio e a prevenção de desalinhamentos posturais, os quais podem levar a condições patológicas e disfunções musculoesqueléticas.

    • Função das curvaturas da coluna vertebral

    As curvaturas da coluna vertebral estão envolvidas em diversos movimentos, incluindo flexão, extensão, rotação e inclinação lateral. A lordose cervical permite uma maior amplitude de movimento no

    • Desenvolvimento das curvaturas

    plano sagital, facilitando a flexão e a extensão da cabeça e do pescoço. A cifose torácica proporciona uma base estável para a articulação escapulo torácica e a mobilidade do tórax durante a respiração. A lordose lombar é responsável pela flexão e extensão da região lombar e desempenha um papel importante na estabilização da pelve e da coluna vertebral durante a locomoção e o movimento dos membros inferiores.

    As curvaturas da coluna vertebral são classificadas em primárias e secundárias. Durante a gestação e nascimento, todas as curvaturas são cifoses, mesmo a cervical e lombar, pois as cifoses são curvaturas de estabilidade para proteger a medula espinhal do bebê durante a passagem pela canal uterino no parto.

    As lordoses são curvaturas da mobilidade. A lordose cervical forma-se através da extensão da cabeça e pescoço do bebê no primeiro trimestre de desenvolvimento, e a lordose lombar forma-se próxima ao primeiro ano do bebê associado ao desenvolvimento da marcha.

    1. Corpos vertebrais
      • Introdução

    As vértebras são os componentes ósseos fundamentais da coluna vertebral, proporcionando suporte estrutural, proteção do sistema nervoso central e permitindo o movimento entre os segmentos da coluna. O corpo vertebral é a parte anterior e maior dessas estruturas, responsável por suportar a maior parte das cargas aplicadas à coluna vertebral. A cinesiologia, um campo de estudo que aborda os princípios mecânicos do movimento humano, oferece insights valiosos sobre a cinesiologia e função dos corpos das vértebras.

    • Cinesiologia dos corpos das vértebras

    A cinesiologia dos corpos vertebrais envolve a capacidade de suportar e distribuir as cargas geradas pelo peso corporal, movimento e posturas. O formato e a estrutura dos corpos vertebrais são adaptados para suportar compressão axial e resistir à deformação sob cargas variadas. A composição óssea dos corpos das vértebras, composta por osso trabecular e cortical, permite a absorção e redistribuição das forças aplicadas à coluna vertebral.

    • Função dos corpos das vértebras

    A função dos corpos vertebrais está relacionada à sua capacidade de proporcionar suporte estrutural para a coluna vertebral e manter a integridade do sistema nervoso central. Os corpos vertebrais formam a base para a articulação entre as vértebras e os discos intervertebrais, permitindo a movimentação e a absorção de impactos durante atividades e movimentos diários.

    Além disso, os corpos vertebrais contribuem para a manutenção das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, como a lordose cervical e lombar e a cifose torácica, garantindo o equilíbrio e a estabilidade do tronco.

    1. Discos intervertebrais
      • Introdução

    Os discos intervertebrais são estruturas essenciais na coluna vertebral, desempenhando um papel fundamental na distribuição de cargas, absorção de impactos e movimentação das vértebras. Compostos por um núcleo pulposo gelatinoso e um anel fibroso externo, os discos intervertebrais são importantes na manutenção da integridade estrutural e função da coluna vertebral. A cinesiologia, um campo de estudo que aborda os princípios mecânicos do movimento humano, oferece insights valiosos sobre a cinesiologia e a função dos discos intervertebrais.

    • Cinesiologia dos Discos Intervertebrais

    Os discos intervertebrais atuam como amortecedores entre as vértebras, distribuindo as cargas e reduzindo o impacto durante atividades e movimentos diários. A cinesiologia dos discos intervertebrais envolve a capacidade de suportar compressão axial, tensão e cisalhamento, garantindo a estabilidade e a integridade da coluna vertebral. O núcleo pulposo tem uma alta capacidade de suportar compressão, enquanto o anel fibroso resiste à tensão e ao cisalhamento, permitindo que os discos intervertebrais acomodem diferentes tipos de forças aplicadas à coluna vertebral.

    • Função dos discos intervertebrais

    A função dos discos intervertebrais está relacionada à sua capacidade de permitir e controlar o movimento entre as vértebras, incluindo flexão, extensão, rotação e inclinação lateral. A presença de discos intervertebrais também contribui para a manutenção das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, como a lordose cervical e lombar e a cifose torácica.

    Os discos intervertebrais também protegem o sistema nervoso central, formando uma barreira mecânica entre as vértebras e reduzindo o risco de compressão das estruturas neurais adjacentes, como a medula espinhal e as raízes nervosas.

    1. Ligamentos Longitudinais Anterior (LLA) e Posterior (LLP)
      • Introdução

    Os ligamentos longitudinais anterior e posterior são estruturas de tecido conjuntivo fibroso cruciais para a estabilização e o funcionamento adequado da coluna vertebral. Esses ligamentos desempenham um papel importante na manutenção da integridade das estruturas esqueléticas e na limitação dos movimentos excessivos da coluna. A cinesiologia, um campo de estudo que investiga os princípios mecânicos do movimento humano, oferece valiosos insights sobre a cinesiologia e função desses ligamentos.

    • Cinesiologia do LLA e LLP

    A cinesiologia dos ligamentos longitudinais anterior e posterior envolve a capacidade dessas estruturas de resistir a tensões e deformações sob cargas variadas, garantindo a estabilidade da coluna vertebral e a prevenção de movimentos excessivos ou inadequados. Esses ligamentos possuem propriedades mecânicas distintas, permitindo-lhes suportar forças de tensão e compressão aplicadas durante atividades e movimentos diários.

    O ligamento longitudinal anterior se estende ao longo da face anterior dos corpos vertebrais e discos intervertebrais, desde o osso occipital até o sacro. Já o ligamento longitudinal posterior se estende ao longo da face posterior dos corpos vertebrais e discos intervertebrais, desde o atlas até o sacro.

    • Função do LLA e LLP

    A função dos ligamentos longitudinais anterior e posterior está relacionada à sua capacidade de proporcionar estabilidade e suporte para a coluna vertebral, garantindo movimentos coordenados e controlados entre as vértebras. Esses ligamentos trabalham em conjunto para limitar a extensão e a flexão excessiva da coluna vertebral, proteger as estruturas neurais e vasculares e manter as curvaturas fisiológicas da coluna.

    O ligamento longitudinal anterior é mais espesso e mais resistente do que o ligamento longitudinal posterior e tem como principal função limitar a hiperextensão da coluna vertebral. Por outro lado, o ligamento longitudinal posterior é mais delgado e tem como principal função limitar a flexão da coluna vertebral.

    A vídeo-aula está disponível em https://youtu.be/A925dHgvxIo


  • Cinesiologia da marcha 20/03/2023

    Publicado em 20/03/2023 às 09:51

    Autor: Prof. Dr. Aderbal Aguiar, CV Lattes http://lattes.cnpq.br/8760300182929573

    A marcha humana é um processo complexo e coordenado que envolve movimentos cíclicos e repetitivos dos membros inferiores para deslocar o corpo para frente. A análise da marcha é frequentemente dividida em duas fases principais: a fase de apoio e a fase de balanço. Essas fases podem ser subdivididas em subfases para uma compreensão mais detalhada da cinemática da marcha.

    Fase de apoio (aproximadamente 60% do ciclo da marcha): Durante a fase de apoio, o pé está em contato com o solo e suporta o peso do corpo. Essa fase pode ser dividida nas seguintes subfases:

    1. Apoio inicial: O momento em que o calcanhar do pé que avança toca o solo pela primeira vez até a planta do pé tocar totalmente o solo.

    2. Apoio médio: A fase em que o peso do corpo está diretamente sobre o pé em apoio simples e o pé contralateral em balanço.

    3. Apoio final: O momento em que o calcanhar começa a se levantar do solo, com o impulso gerado principalmente pelos músculos da panturrilha e dos dedos dos pés.

    Fase de balanço (aproximadamente 40% do ciclo da marcha): Durante a fase de oscilação, o pé está no ar e se move para frente para iniciar o próximo passo. Essa fase pode ser dividida nas seguintes subfases:

    1. Balanço inicial: fase acelerada quando o pé é retirado do solo e começa a avançar.

    2. Balanço final: desaceleração terminal. Após cruzar o membro inferior contra-lateral em apoio, o pé começa a se preparar para o próximo contato com o solo, reduzindo sua velocidade.

    As fases e subfases da marcha humana são coordenadas por um complexo sistema de músculos, articulações e sistema nervoso central, permitindo a locomoção eficiente e equilibrada. A análise da marcha é usada por profissionais de saúde, como fisioterapeutas e ortopedistas, para identificar e tratar problemas de marcha e equilíbrio relacionados a lesões ou condições médicas.

    Acesse aqui uma aula on-line https://youtu.be/6jYa45L6Q6o